sábado, 26 de setembro de 2009

Lançamento de livros e debates agitam Pipa

O jornalista Sanderson Negreiros e a escritora Gilmara Benevides


Publicação: 26 de Setembro de 2009 às 00:00

Literatura da periferia, Hélio Galvão e Euclides da Cunha foram os temas que aqueceram o segundo dia do 1º Festival Literário de Pipa. Depois das tendas com oficinas literárias - direcionadas para as crianças e os adolescentes – foi a vez das tendas dos debates com os escritores Raimundo Carrero, Heloísa Buarque de Hollanda, Diva Cunha, Carlos de Souza, Sanderson Negreiros, Daniel Piza, Gilmara Benevides e o jornalista Tácito Costa. Eles que reinventam a vida em seus romances, contos e poemas, hoje conseguiram transcender a palavra e socializar seus pensamentos com o público.

A primeira tenda teve Diva Cunha (autora de livros como “Canto de Página” e “Palavra Estampada”), debatendo com o escritor Sanderson Negreiros com mediação da pesquisadora Gilmara Benevides, biógrafa de “Hélio Galvão – o saber como herança”. Juntos eles trouxeram a memória de Hélio Galvão e a cultura praieira. Na segunda tenda da noite, o tema “literatura da periferia” deixou o público com vontade de virar escritor. Heloísa Buarque de Hollanda contou como se apropria de outras linguagens para explorar a palavra. Ela acredita que a literatura deve ser sedutora, por isso a música, o teatro e outras formas de arte precisam estar unidas no exercício de estimulo à leitura. “A poesia está fora do limite do papel. Por isso é importante jogar uma luz na palavra e deixa-la aparecer”, disse Heloísa logo após o depoimento de uma leitora na plateia sobre um açougueiro em Brasília que fez do açougue uma biblioteca.

Entre perguntas e inquietações da plateia, o escritor pernambucano Raimundo Carrero falou sobre seu processo de escrita, da salvação que pode ser a literatura para o ser humano e principalmente sobre a educação, palavra mais forte da noite. “A leitura precisa ser estimulada dentro de casa, a todo o tempo. Se você tem filhos e na sua casa não existe livro, não ache estranho se seu filho não ligar para a leitura. O mundo não é só crescer, criar família e morrer, o mundo é também ler”, disse Carrero.

2 comentários:

  1. OLá Gilmara, faz dias q estou querendo postar um comentário, então chegou o dia- hoje.
    Gostei do seu livro , parabéns pela obra de grande importância para o contexto intelectual e educativo do nosso Rio G. do Norte. Apenas gostaria de fazer uma observação: o meu tio Aristides não era agricultor e sim, criador de gado bovino e dono de um engenho de cana de açúcar nas cercanias de Pedro Velho. Acho q quem te informou não o conhecia tão bem, daí a necessidade de vc ter tido contatos com os familiares do senhor Aristides, assim teria saído uma pesquisa mais bem apurada, mesmo ele não sendo o personagem principal da sua pesquisa.
    E lembre-se de me convidar para futuros lançamentos de suas obras, eu gosto tbm de ler, viu???

    João Hortencio Sobrinho

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  2. Olá Gilmara
    Adquiri o livro e li.Sou Hortencia,filha de Aristides Hortencio.tomei conhecimento de alguns fatos que não conhecia, como a carta que Papai enviou ao Cel João Felinto (meu padrinho)como também da carta que Hélio fez após 1 ano da morte de papai. Eu nasci 6 meses após a morte de Papai, fiquei muito emocionada, apesar de não ter conhecimento de alguns fatos, outros foram relatados a você mas não com clareza, não é culpa sua. essas coisas acontecem, Apesar de tudo tenho a certeza que meu pai era possuidor de um grande caráter. Parabéns e continue no caminho da literatura e continue obtendo sucesso. Abraços

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