domingo, 20 de setembro de 2009

Escritora lança livro sobre Helio Galvão na Livraria Siciliano


O Jornal de Hoje -
13/10/2007

A biografia “Hélio Galvão - O saber como herança”, da escritora potiguar Gilmara Benevides, é resultado de dois anos de pesquisa Advogado, escritor e membro da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, Hélio Mamede de Freitas Galvão, é considerado um dos grandes nomes da elite cultural do Estado e até mesmo do país. Sua memória, além do cenário cultural e político de sua época, chegam aos leitores pelas páginas do livro "Hélio Galvão - O Saber Como Herança", de Gilmara Benevides Costa, que será lançado na quarta-feira, a partir das 19h, na Livraria Siciliano do Midway Mall.

O novo livro de Gilmara consiste em uma obra sobre a história do Rio Grande do Norte, traçada desde a expedição que trouxe para o Estado João Lostão Navarro, o mais antigo ancestral de Hélio Galvão, até a contemporaneidade. "O livro é onde exercito como técnica uma literatura aprofundada na historiografia norte-rio-grandense e de leitura acessível à maioria das pessoas", explica a autora.

Com ilustrações do artista plástico Cláudio Damasceno, a obra, através de uma narrativa particular da autora, traça a radiografia a trajetória humana e toda riqueza cultural produzida por ele. "Uma obra sobre este intelectual não tem como não falar sobre a política e a cultura do Estado. Como metodologia, utilizei a Nova História Cultural, o que quer dizer que no livro insiro um embasamento científico, todavia sem ser hermético", explica Gilmara.

A autora reconstituiu a vida e a obra de Hélio Galvão a partir do acervo dele, preservado na Fundação Hélio Galvão. Com essa biografia, Gilmara pretende incentivar professores a iniciarem seus alunos na leitura de nossos escritores, na perspectiva de incentivar prováveis novos autores e autoras. Esse é um livro também dedicado ao público em geral, que deseja mergulhar na história do nosso Estado.

A idéia de lançar a biografia de Hélio Galvão surgiu depois que a autora iniciou a pesquisa para constituição de seu primeiro livro, intitulado "O Canto Sedutor de Chico Daniel". "A primeira vez que li sua obra foi em 2003 quando ainda pesquisava para escrever uma dissertação de mestrado em Antropologia Cultural sobre o cantador de coco de embolada Chico Antônio. Como em 2003 eu pesquisava sobre a expressão artístico-cultural do coco de embolada no Nordeste, o que encontrei no RN remetia ao que havia sido publicado por Helio Galvão em sua trilogia: "Cartas da Praia, Novas Cartas da Praia" e "Derradeiras Cartas da Praia & outras notas sobre Tibau do Sul", explica a pesquisadora.

Durante uma conversa informal com o presidente da Capitania das Artes, Dácio Galvão, em setembro de 2004, Gilmara Benevides manifestou o interesse em escrever sobre o pai dele, Helio Galvão. "Escolhi escrever sobre ele antes de tudo porque, além da série "Cartas da Praia", ele publicou duas outras obras primas: "O Mutirão no Nordeste" e "História da Fortaleza da Barra do Rio Grande". Depois, porque queria muito escrever a biografia de um intelectual e este estudo foi pioneiro para mim em diversas frentes", afirma a historiadora.Para constituir o livro, foram dois anos de pesquisa e oito meses de escrita.

As entrevistas tiveram início em março de 2005, com término em setembro de 2006. As leituras, que haviam começado na mesma época, continuaram até outubro de 2007. "A pesquisa direta às fontes do acervo da Fundação Helio Galvão começaram em maio de 2007 e se estenderam até outubro. O processo de escrita foi o mais intenso, no curto espaço de tempo entre outubro e junho deste ano. Posso dizer que não tive problemas, exceto a auto-exigência. Cheguei até a pensar que não fosse concluir o livro, mas agora que ele está pronto, só tenho recebido elogios", fala Gilmara. Em sua trajetória, Hélio Galvão criou algumas polêmicas, com destaque para a que tratava da denominação da Fortaleza dos Reis Magos. O intelectual comprovou que era a construção de uma fortaleza e não de um forte. Outra discussão polêmica dele era que o correto era dizer "Cidade de Natal" e não "Cidade do Natal".

Um comentário:

  1. gilmara, que susto, eu te conheço da academia de lung fu do sifu jair, lembra? certamente nao. bem, nao encontrei seu email e por isso escrevi aqui. que bom que vc escreve. sou wagner pinheiro, to no orkut e no blog:
    www.provocalia.blogspot.com

    ResponderExcluir