Gilmara Benevides, Sanderson Negreiros e Diva Cunha - biografia de Helio Galvão
Fábio Farias
http://revistacatorze.com.br/?p=224
Discutir a qualidade literária dos escritores potiguares é algo fundamental no crescimento local. Indiscutível é a necessidade de conhecer o que se produz , o que se produziu localmente e quem são os maiores nomes de uma literatura muitas vezes vista com preconceitos entre a população do Rio Grande do Norte.
A primeira mesa da segunda noite do Festival Literário de Pipa acertou em cheio ao dedicar uma discussão a um dos escritores mais famosos entre o circuito intelectual potiguar, mas praticamente desconhecido da população local. Hélio Galvão, seus livros, sua história e sua relação com a praia foi o eixo principal de uma mesa que teve a participação da antropóloga Gilmara Benevides, do jornalista Sanderson Negreiros e da poeta Diva Cunha.
Diferente do primeiro dia, o público que acompanhou as discussões era bem menor e a sensação de vazio foi marcante. Isso, porém, não atrapalhou o andamento da conversa – que teve como destaque a antropóloga Gilmara Benevides, biógrafa do escritor, que falou de uma das principais características de Hélio, um observador que olhava com estranheza aquilo que lhe era familiar.
Sua relação com a praia foi destrinchada por Diva Cunha, que falou sobre um dos livros mais famosos de Hélio, Cartas da Praia, uma coletânea feita ainda na década de 60 de cartas publicadas no jornal Tribuna do Norte. Hélio é nascido no município de Tibau do Sul e tem no litoral grande parte da sua inspiração.
Sanderson Negreiros, visivelmente emocionado, dedicou sua fala para assuntos que envolviam mais a relação pessoal de Hélio e de outros intelectuais potiguares. Discutir a literatura potiguar, da forma como foi feito, foi um dos bons trunfos da segunda noite do festival.
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